A amamentação vai além da nutrição do bebê: é através dela que se criam os primeiros laços de confiança entre a criança e sua mãe, um elo que perdura por toda a vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é essencial que o leite materno seja o único alimento do recém-chegado ao mundo em seus primeiros seis meses de vida, e que esteja presente na alimentação da criança até seus dois anos, se possível, já que assim se forma a primeira barreira natural dos bebês: os anticorpos da própria mãe, através dos nutrientes por ela passados no aleitamento.
Apesar de tais indicações e de sua enorme importância, é sempre bom a mamãe cuidar de sua alimentação: isso porquê, de acordo com estudos da Nestlé health Science, 7 em cada 100 bebês apresentam alergia a proteínas do leite de vaca, presente em muitos alimentos consumidos pela mãe e que desencadeiam uma série de sintomas extremamente desconfortáveis para o neném; é importante lembrar que alergia a proteínas é diferente de intolerância a lactose: no primeiro caso, os sintomas aparecem antes mesmo do primeiro ano de vida, sendo que o segundo raramente se manifesta antes dos cinco anos; existe também a gritante diferença entre a lactose, o açúcar do leite, e suas proteínas (alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobolina, caseína e etc.).
Além do já citado leite bovino, o instituto Nestlé health Science cita também centenas de outros alimentos que podem ser prejudicais aos recém-nascidos, listados parcialmente pela revista Abril bebê e que vão desde soja até crustáceos; portanto, a dica-chave para as lactantes é evitar o consumo desses alimentos e se atentar aos outros itens da lista: é fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê que ele não passe por tais situações.
Para as mamães, o ato de amamentar também é fundamental: na primeira hora após o parto, segundo a Unicef, o gesto evita a mortalidade neonatal, ajuda nas contrações uterinas e evita hemorragias. Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria conduz um estudo que mostra uma relação profunda entre a depressão pós-parto e o aleitamento: a prevenção da mesma parece estar intimamente ligada ao ato, assim como a manifestação do transtorno faz com que muitas mulheres deixem de prover o mesmo para seus pequenos; segundo a Women and Birth ,revista Australiana, mães que sofrem desse tipo de transtorno deixam em 61% das vezes de amamentar antes do sexto mês dos bebês, e seus efeitos vem sendo amplamente estudados.
Para as mães portadoras de doenças virais, como as hepatites B e C e o HIV, existem muitas contraindicações que vão desde o parto até o momento de alimentar seus pequenos; isso porquê o contato com os fluidos sanguíneos na hora do parto e os componentes do leite tem grande possibilidade de transmitir a carga viral para a criança, segundo a Unicef; nesses casos, é altamente recomendado que o parto não seja natural, mas sim uma Cesária e o leite venha de fórmulas: caso a mãe apresente tal quadro viral, é recomendado que consulte seu médico para ter orientações completas sobre como proceder adequadamente e receba o apoio necessário na realização da tarefa.
É de extrema importância lembrar que, apesar de altamente recomendada, a amamentação não é uma obrigação: com os avanços tecnológicos, muitas fórmulas extremamente eficientes surgiram no mercado e são ótimas alternativas para aquelas que não podem ou preferem não amamentar; com o acompanhamento adequado, independente da escolha de nutrição, o bebê se desenvolverá saudável.
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